Telefonistas formam uma confraria infernal com sua linguagem e aquele prazer sádico de informar que o ramal está ocupado.
Elas não chegam a se reunir para combinar novas torturas, mas possuem uma agilidade impressionante para absorver modismos e vícios de linguagem que se espalham por todo o sistema de telefonia.
À primeira vista, a intenção destas profissionais é a melhor possível, mas sua formação vem da imitação das outras operadores de PABX.
O problema está na própria cultura das empresas, enquanto o pessoal de vendas participa de reuniões para melhorar o atendimento ao cliente, a telefonista informa ao cliente que o vendedor não pode atender pois está em reunião!
As organizações podem começar a mudar este quadro informando às telefonistas que seu papel vai além de atender ao telefone, sua função é mais nobre, é ser uma ponte de comunicação entre pessoas, a finalidade do seu trabalho é facilitar o fluxo de informação com velocidade e correção.
As telefonistas podem se orgulhar ao descobrir que sua voz é a identidade verbal da empresa do outro lado da linha, todas as suas falas representam a organização para seus clientes, fornecedores e em muitos casos para a imprensa.